A EVOLUÇÃO DO CORONELISMO

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013


Por Denize sousa Pereira*
Fazendo uma reflexão acerca do coronelismo, iniciamos com a mudança do cenário quando as famílias começaram a migrar para os centros urbanos decorrente das praticas autoritárias pelos chamados coronéis  que na época republicana  exerciam domínio territorial  político através de sua influencia como grandes comerciantes ou donos de terras, que obrigavam as pessoas através da força e ameaça a fazer e tomar atitudes de acordo com sua vontade, aproveitando do pouco conhecimento e educação dessas pessoas as quais sobrepunham o seu poder.
Como bem podemos perceber, as práticas autoritárias, que historicamente diz-se que ocorreu até os anos 60, ainda são presentes nos dias de hoje, entendendo que infelizmente passou a ser uma questão cultural.  Hoje percebemos que as métodos utilizados pelos que antes eram chamados de coronéis no período republicano, sucumbiu  pela falência desse sistema que foi causado por pessoas que se recusavam se  deixar manipular. Confrontando aos dias de hoje observamos ainda que os coronéis da atualidade mudaram suas estratégias, porém a finalidade em nada mudou, continua a mesma a busca pelo detenção do poder, que para tanto foram criados instrumentos legais que pudessem satisfazer seus objetivos. À medida que a sociedade tem evoluído, a transformação vai ocorrendo e se adequando aos novos métodos. Eles, os coronéis do hoje estão na política onde legislam em causa própria, criam mecanismos satisfatórios mascarando a real intenção e tudo na forma mais legal possível não deixando argumentos para real contestação legalística. Em nome da justiça social são criados programas e projetos sociais para atender uma demanda que está sempre reprimida, onde a divulgação é bem maior que o resultado que se diz esperado. Pois o que podemos perceber é que a política de assistência social, que nasceu por deficiência das outras políticas públicas, é a que mais cresce, e justamente por continuarem deficientes  as outras políticas públicas. Por assim ser, a assistência social, com seus usuários constituem hoje o que seria um verdadeiro “curral eleitoral” legalizado, onde o voto de cabresto de antes foi substituído por seus serviços em forma de benefícios cujos critérios podem até servir de incentivo ao não desenvolvimento social, uma vez que o que oferecido pode passar a ser um estímulo a não buscar melhoria de condição de vida, deixando seus usuários numa linha de conforto e em alguns casos com  benefícios que apesar de irrisório pode significar conquista de poder aquisitivo, por pessoas da chamada baixa renda, construindo um pensamento de que eles (os demandatários) são incapazes e convictos de que o governo tem a obrigação de os sustentar.
Hoje, essas pessoas que ainda vivem carentes de ensino e formação, continuam sendo manipuladas  sendo utilizadas como massa de manobra. Com tudo isso, acredito que para a mudança, a fim de que ocorra realmente a promoção social evitando o assistencialismo e paternalismo, é  necessário que o cidadão seja visto como um ser que é capaz de produzir e ter seu sustento e de sua família com dignidade através do fruto do seu trabalho.  Não seria melhor que fossem revistas as situações que pudessem fomentar  a geração de emprego e renda?  Acredito que a dívida social do governo cultivada ao longo dos anos não será solucionada com situações paliativas, e sim com atitudes austeras, de forma que venham a realmente a adequar as políticas públicas de forma eficaz e eficiente, fazendo assim a verdadeira promoção de nossa sociedade.


0 comentários:

Postar um comentário