POLÍTICA EM AÇÃO

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013


  Por:Luiz Mário de Melo e Silva* Já foi dito que “a política é a continuação da guerra por outros meios” e sendo o homem um animal político, segundo Aristóteles, há de se convir que elevive em permanente estado de guerra - ainda que, aparentemente, não declarado-, ao contrário do que postulara Thomas Hobbes, com seu Leviatã.
            Tal situação foi perfeitamente delineada por Karl Marx ao revelar os meandros da lutade classes (ainda que não tenha sido o primeiro a abordar a questão), tendo a economia como fator principal dessa luta que coloca de lados opostos patrões e empregados -esclarecendo,portanto, o sentido exato de política como defesa de interesses eideias (o que não ocorreu com Maquiavel e Hobbes, pois, embora houvessem retirado o poder das mãos do cleroapenas o transferiram aos monarcas, sendo que Hobbesdefende a ideia de um estado absoluto, e escamoteando o sentido exato de política mantém, porém, o status quo de uma classe em detrimento de outra muito maior,como se observa até hoje).
            Ora, se política se define com o citado acima, por que, então, a grande maioria(o povo) parece aguardar por decisões alheias a si? Óbvio que a resposta é porque, citando novamente Marx, a ideia dominante é a ideia da classe dominante. Ou seja, a burguesia capitalista impõe sua vontade por meio da superestrutura moldada com sua ideologia, dissimulada no interesse geral movido por uma “mão invisível”- é claro que ela move apenas o capitalismo; bem como movia a fé na Idade Média em favor da Igreja. Isto é, é manco. Logo, étendencioso, contrário ao que diz apolítica.
            Haverá quem discorde, mas defender ideias e interesses que não sejam pessoais, pode até ser imaginado como política,masé algo tãosuperficial que quem a faz certamente éludibriada constantemente para seu próprioprejuízo,comoacontececomoo povo que serve de bucha de canhão para o projeto (interesse) de poder dos políticos profissionais. Neste sentido, o povo não faz política, embora seja sua matéria prima.
É claro que o motivo não é a falta de educação, pois, embora exista, é algo que bitola, produzindo imbecis para servir de massa de manobra. Algumas religiões, por exemplo, são bastante explícitas quanto a isso, que não à toa, criam fanáticos.
Contudo, para melhor compreensão do conceito de política em tela, seria interessante observá-la em grupos bem definidos como servidores públicos concursados, servidores temporários, profissionais liberais, comerciantes e, sobretudo, a elite que têm seus interesses bem definidos, ao contrário da avaliação feita por classe social, onde a ideia de povo é aplicada, levando à conclusão que ele foi contemplado em seu anseio, coisa que não se verifica na pratica, pela permanente condição de penúria em que vive.
Neste sentido, pode-se perceber, então, a política em ação engendrando as relações sociais sem que, no entanto, seja vista como apanágio de uma pequena classe (elite) sob pena de haver uma sociedade doentia, como, aliás, já se observa com a violência crescente, o consumo de drogas, sobretudo, entre jovens (e adolescentes), por exemplo, para quem, elas (as drogas) parece ter tomado o lugar da perspectiva de melhores condições de vida.
Portanto, nada mais natura lfazer política para entender- e viver - a sociedade, haja vista ser ela o ethoscivilizatório e daí a cura – ainda que atualmente seja mais a causa – para as doenças sociais. Pois, assim como o antídoto para o veneno da cobra está na própria cobra, a solução para os problemas sociais encontra-se na própria sociedade. Ou seja, na política desde que praticada, conscientemente por todos,no sentido aqui apresentado.

Sobre o autor: Luiz Mário de Melo e Silva- RG 1660582
Coord.do Fórum em Defesa do Meio Ambiente de Icoaraci (FDMAI)
E-mail: luizmario_silva@yahoo.com.br / Tel.: 83636720
Icoaraci – Belém – Pará
http://opirata2.blogspot.com.br/


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