Com a surpreendente ascensão
da candidata Marina Silva, que é evangélica, se acirra os comentários por parte
de evangélicos que dizem “temos que votar em evangélico para defender
os interesses dos evangélicos”.
Com o tanto de
candidatos que pleiteiam a diversos cargos, temos muitos que usam títulos
religiosos como, pastor, pastora, missionária etc... Particularmente, tenho
minhas ressalvas quanto a situação, pois como já escrevi em outro artigo “
Religião, fé e política” http://www.politicaemdebate.com/2013/03/religiaofee-politica.html
faço observações acerca de evangélicos se candidatarem. Não que uma pessoa cristã não possa se
envolver em política acho que até deve, mas se Deus chamou para a grande obra
de pastorear uma igreja, ele não vai mudar o seu chamado para colocar na
política, se não foi Deus quem deu este chamado e sim o homem. Por outro lado o
argumento usado por muitos deles é:” vamos lutar para defender os
interesses dos evangélicos”, o que é um equivoco muito grande, pois no artigo 5º da Constituição Brasileira (1988)
está escrito: “VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo
assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da
lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias” .Assim sendo, significa que o estado é laico, um país o com
uma posição neutra no campo religioso. Também conhecido como Estado secular, o
Estado laico tem como princípio a imparcialidade em assuntos religiosos, não
apoiando ou discriminando nenhuma religião, defendendo a liberdade religiosa a
todos os seus cidadãos e não permite a interferência de correntes religiosas em
matérias sociopolíticas e culturais. No País laico defende que a religião não
deve influenciar o estado e os direitos dos cidadãos devem ser defendidos
igualmente para todos os cidadãos independentes também de religião.
Mas se o evangélico
decide votar em evangélico, penso que primeiramente deve analisar se o uso de
títulos religiosos não estão servindo apenas para fazer do eleitorado evangélico seu nicho
eleitoral, sabendo ou não, que não pode
prometer coisas referente a religião ou igreja,
e se votar em candidatos dessa linha, que votem pelo caráter cristão que tenha
o candidato, Assim como o caráter de cada indivíduo é formado desde o berço,
nosso caráter cristão também passa a ser moldado desde o primeiro passo de
nossa caminhada com Cristo (Jo 1.12; 3.3). Os valores do Reino de Deus passam a
ser impressos em nós, para que verdadeiramente possamos ser seguidores de Jesus
Cristo genuinamente, pois se assim tiver como perfil o candidato, podemos dizer
que verdadeiramente temos representante, não por defesa interesses religiosos e
sim ligados aos nossos valores
fundamentais sem contrariar o interesse dos
demais classes, obedecendo nossa constituição.
Se assim for, teremos
como preconiza a Palavra de Deus, a defesa de nossos verdadeiros interesses
Nela baseados, garantindo o direito de todos, segundo os ensinamentos cristãos,
respeitando o livre arbítrio que pelo Senhor é concedido: “Em seu coração homem
planeja o seu caminho, mas o Senhor determina os seus passos.” Provérbios 16:9.
1 comentários:
Como sempre, minha cara Denize, sua analise é de uma precisão impressionante.
Temos que parar com esta dicotomia, evangélico vota em evangélico, católico vota em católico. Politica é política, é plano de governo, ação, histórico pessoal e político, é caráter....e temos bons e maus caráteres de todas as religiões.
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