Eleger representantes para defender os
nossos interesses e necessidades, é direito e dever de todo cidadão brasileiro,
e para poder se candidatar a um cargo político eletivo no Brasil, o cidadão
precisa estar de acordo com condições que estão previstas na Constituição que
são: ter nacionalidade brasileira; ser naturalizado; estar em pleno exercício
dos direitos políticos; estar alistado na Justiça Eleitoral; ter domicílio
eleitoral na circunscrição há pelo menos um ano antes do pleito e ser filiado a
um partido político também há pelo menos um ano antes da eleição.
Os critérios mínimos necessários (nada
muito exigentes) segundo nossa legislação para habilitar candidatos à eleição
acabam fazendo com que pessoas que não tem o mínimo de conhecimento da coisa
pública cheguem ao poder e passam a ter em suas mãos a missão de decidir os
nossos destinos, pois tanto no poder executivo quanto no legislativo, nas três
esferas de governo, acabamos por ter pessoas com pouco ou nenhum conhecimento e
a facilidade para entrar no cenário político é tão grande que acaba
atraindo toda sorte e espécie de “políticos” que topam tudo e qualquer coisa
para chegarem ao poder e acabam por afugentar os bons Políticos, matando a boa
Política. Fato esse que já levou o sistema ao colapso decorrente da tragédia
político-eleitoral que é muito mais ampla, pois se trata de uma seara que assim
como muitas profissões, se encontra todo tipo de pessoa e muitas vezes os que sobressaem
são os de preparo ou intenção duvidosos em detrimento dos bons políticos que
poderiam realmente fazer a diferença no sentido de desenvolver trabalho sério.Que
viessem a atender os nossos direitos de acesso a cidadania.
A situação é tão séria que não é difícil
comentários pejorativos acerca de políticos e acabam por generalizar todos,
como se fossem iguais e o que parece é que a maioria se encontra nessa situação
e isso é o reflexo de nossas leis, que são elaboradas favorecendo os que são
responsáveis, pois tem a facilidade de poder legislar em causa própria. Assim
sendo,acabamos ficando reféns de um sistema deficitário de capital político
intelectual e caímos nas mãos de pessoas sem compromisso com nossa sociedade e
eleitos justamente pelos que mais precisam de representantes para melhorar suas
próprias condições de vida.
Só mesmo uma reforma política poderia dar
jeito nesse circulo vicioso, mas, se do lado (o político) que poderia provocar a
mudança não há interesse para tal, de outro lado (o eleitor) que já se
acostumou com a situação e que em muitos casos preferem levar o que acham que é
vantagem conseguir benesses de véspera de eleição, não medindo as consequências
de sua ação acabam fazendo com que fiquemos sempre na mesma condição. Quem pode
mudar a situação? O eleitor despreparado que elege político também despreparado?
O político que não tem interesse de mudança e que para tanto fica em sua zona
de conforto? Infelizmente se tornou uma “questão cultural” em nosso país onde
nessa “grande novela”o que altera são apenas personagens que mudam apenas para
a atualização do sistema falido, onde a política é tratada como meio para
atingir objetivos que deixaram de ser coletivos, para satisfazer interesses
somente pessoais resultando num continuísmo político onde
quem ganha é só quem não tem compromisso com nossa sociedade.
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